O artigo de hoje é uma historinha, ou melhor, pode-se enquadrá-la em uma fábula, já que o final traz uma reflexão positiva sobre algumas atitudes que acontecem no futebol.
Era uma vez um estádio chamado Maracanã, talvez um dos monumentos brasileiros mais conhecidos no exterior. Ele sempre era palco de grandes finais no esporte, e também palco de vários vexames e decepções no futebol brasileiro.
Construído para a Copa do Mundo de 1950, que foi realizada aqui no país, o Maracanã começou sua história com o pé esquerdo, se assim pode-se dizer. Na final do mundial entre Brasil e Uruguai, mais de 100 mil pessoas viram um dos maiores desastres que já aconteceram com a seleção canarinha. Naquela decisão, o Brasil perdeu por 2x1 e decepcionou as milhares de pessoas presentes no estádio e os milhões de brasileiros espalhados pelo mundo.
Essa tragédia, como consideram muitos apaixonados pelo futebol, foi apenas a primeira de muitas que o Maracanã protagonizaria. No passado recente, várias outras decepções e vexames foram vistas em um dos maiores estádios do mundo.
Olhando para os últimos dois anos, temos dois exemplos claros, um de vexame e outro de decepção, ambos vividos por torcedores cariocas. No caso da decepção, o Fluminense foi o protagonista quando disputou a final da Libertadores contra a LDU e perdeu nos pênaltis.
No caso do vexame, voltemos ao fatídigo dia 7 de maio de 2008, quando o Flamengo encarou o América do México pelas oitavas-de-final da Libertadores da América.
O jogo começou como uma grande festa. Era a despedida do xodó da torcida, o técnico Joel Santana. Naquele dia, o treinador fazia seu último jogo sob o comando do Fla para se apresentar à seleção da África do Sul. Nada melhor do que se despedir com uma vitória, certo? Era isso que os torcedores que lotaram o Maracanã queriam. Para completar o cenário perfeito do rubro-negro, o primeiro jogo contra os mexicanos tinha sido 4x2 para o Flamengo, ou seja, a classificação já estava dada como certa. Apenas uma tragédia tiraria o time brasileiro da competição sul-americana.
A partida deu início e lá foram os mexicanos para cima, afinal de contas eles precisavam golear. Pois bem, América 1x0 Flamengo... América 2x0 Flamengo e a torcida já começava a se calar. Mas todos estavam confiantes, principalmente em dar a Joel Santana uma despedida perfeita. Os únicos que não sabiam dessa festa eram os mexicanos, principalmente o atacante Cabañas, que fez o terceiro gol do América, gol este que liquidou o Flamengo da Libertadores. Era a vitória de um time de futebol sobre a fraca confiança que o Flamengo havia depositado por ter vencido o primeiro jogo por 4x2.
Por muito dias, o assunto da mídia foi a derrota do Flamengo depois de ter a classificação nas mãos. Outro assunto que dominou os meios de comunicação, também, foi o desprezo com que os flamenguistas entraram em campo. Desde o início da partida, jogadores e torcedores do Flamengo acharam que a classificação viria a hora que quisessem, mas esqueceram que d outro lado tinha 11 pessoas e um adversário.
Neste caso, o Flamengo não perdeu para o América do México, mas para si mesmo.
Bretones.
ResponderExcluirSeus postings são sempre inteligentes, bem pesquisados e reflexivos.
Mesmo não sendo fã de futebol - confesso - me distraio lendo seus textos, que trazem informações e comentários além da notícia. Essa é a fórmula para se manter e atrair seguidores.
Vale pensar estratégias de marketing do seu blog, editar a enquete que está antiga e mal posicionada e ilustrar seu texo, com fotos, mais links e até mesmo, vídeo. Por falar nisso, era parte desta atividade um link para o youtube ou vídeo próprio.
Continuarei te seguindo, desejando sorte no final do semestre.
Abs.
Lobo